quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

the truth of a dream.

chega um dia, em que nos encontramos sentados sozinhos, num canto, pedindo pra que todos os sentimentos possíveis desapareçam.
esse dia sempre aparece pra mim. talvez com mais frequência que o normal. sempre acabo riscando meus papeis, queimando meus pequenos trapos de sonho, e os pondo sobre minhas lágrimas, para que os desfaçam, e sumam sem deixar rastro. agora, nem eu mesma ando sabendo o que se passa na minha pobre e confusa cabeça. procuro não tomar nenhuma decisão, aliás, não sei nem que tipo de decisão tomar...
chorar, já chorei. gritar pra todo mundo que pode me ouvir, eu já gritei. e sofrer, sofro todos os dias, talvez a todo instante que eu lembre, ou sou lembrada, da existência desse meu problema.
ultimamente, o que me alimenta, o que me dá um pinguinho de forças para abrir meus olhos lá pelas três horas da tarde e pensar: "estou viva", são meus sonhos. meus sonhos amarrados com fios de seda em pilares, nada seguros. se não fosse por eles, eu não conseguiria manter minha pequena e desfocada chama acesa.
logo de cara, eu jurava que seria fácil. não fácil como escrever uma jura de amor na areia da praia, ou beber um copo de água, mas não tão difícil quanto terminar um relacionamento antigo e perturbado, ou pular de bungee jump às duas horas da manhã de terça em Bali. mas a vida não é fácil assim pra todo mundo. é difícil pra maioria, e pra quem tem muita força de vontade, ou sei lá que elemento mágico, acaba sendo mais "mole". pra mim? ah, pra mim é aquele mesmo balanço de sempre, aquela mesma incerteza. não sei, não sei mesmo...
ando pensando se devo continuar com meu sonho, me entristecendo a cada pôr-do-Sol, e me sentindo motivada a cada simples toque, a cada singela palavra. em outro dia desses, um dos típicos dias de desejar o fim de tudo isso, eu lembrei de um minúsculo sonho antigo. um sonho tão doce, que talvez seja o principal motivo de toda essa grande ilusão. me lembrei dele, e me veio como uma leve brisa um cheiro familiar, um gosto doce, e a imagem de um olhar, cativante, misterioso. desde então, fiquei paralisada nele, ainda estou, e vou ficar. por quanto tempo minhas amarrações aguentarem, por quanto tempo minhas pálpebras conseguirem permanecer entreabertas, e por quanto tempo eu conseguir ficar sem me decepcionar ou me encantar mais ainda.

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