terça-feira, 5 de janeiro de 2010

oito e quase trinta.

"não, você nao sente, esse é o problema" e um vasto silencio se abriu em meio a todo aquele barulho. nada que falassem confortaria minha dor. seus abraços já não me acolhiam mais, tuas palavras naõ eram tão lindas assim. não queria mais te querer, não queria nem mais se quer te ver. já são oito e quase trinta, você tem de partir. nossos olhos se vasculharam buscando qualquer coisa que alimentasse a pequena esperança presente alí. foi em vão. essa busca permanecera, aliás, nunca irá parar, enquanto ambas as partes não encontrarem-se de novo. no próximo encontro quem sabe, rostos novos, risadas novas, cabelo bonito e arrumado, perfume trocado, e sem aquele sentimento arruinado. quem sabe um novo surja, quem sabe acabe ali. quem sabe tudo volte como antes, e tudo o que eu tenha dito sobre esse novo encontro só se torne uma contradição. enfim, já são oito e quase quarenta e você já partiu...

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