quarta-feira, 28 de outubro de 2009

mais uma vez só ouço o frio silêncio ecoando, depois de nós, depois de tudo. podemos fazer de tudo, e continuaremos ouvindo somente o silêncio, o seu silêncio.
é difícil não chorar, é difícil realizar seu pedido e não sofrer. eu só queria correr contra nossa extinção, eu gostaria mesmo que fosse melhor, pra valer, e apesar de me sentir ligada ainda, através do meu coração, eu vou partir, assim como você conseguiu partir, sem dor, nem rancor.
eu ainda penso a todo instante, como seriamos juntos, e quando realmente estamos perto um do outro eu sinto algo me destruindo, e mexendo em minhas feridas. eu sei que não é possível fazer mais nada, só que minha maldita persistência me ataca, sempre, e meu masoquismo emocional, é gravíssimo.
tudo o que eu queria realmente, é conseguir não chorar, e partir. entender que toda a mágica, nunca existiu, e se existiu, algo muito grave deu errado, e nem tudo é como eu quero, como eu imagino e espero.
só espero não ter um colapso, por parecer tão indiferente, como você, quando na verdade, estou aos poucos enlouquecendo. com essa falseta e esse meu sorriso
não vou me culpar por mais nada, só conservar esse silêncio, e me afastar.
talvez tenha sido melhor assim.
é bom não me afastar só de quem realmente me faz sentir assim, mas me afastar de todo o resto. me sinto melhor dando um tempo pra pensar, e até mesmo pra ver quem realmente se importa comigo.
posso estar agindo errado, me deixando levar por apenas essa minha vaidade, que logo tende a desaparecer, mas como todo mundo sabe, eu sou um tanto quanto teimosa, e não me importo com o que pensam sobre isso.
eu já não me importo com mais nada. só quero o Sol. não quero fragmentos de pessoas, pequenas noticias, de como todo o resto do mundo se sente feliz e realizado. e se você encontrou alguém que consegue a proeza de te amar mais do que eu, boa sorte. pra mim, acabou. cansei dos meus dramas, e de quem me faz sentir assim, acho que cairia como uma luva: "me desgrace, me odeie, só nunca esqueça que eu amei você. me difame, me odeie, só nunca esqueça que eu amei você".

ouvindo: me odeie - reação em cadeia.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

cosmopolitan, please.

não sinto mais nada. não consigo me excitar com mais nada. não me importo se todo mundo consegue se divertir de alguma maneira com seus amigos chapados e descolados, se os namoradinhos estúpidos e apaixonados estão felizes com suas garotas, ou se uma dose de vodka tenha sido derramada em minha frente. ignoro a minha cruel sina, meu passado vergonhoso, e meu futuro fracassado, simplesmente adquiri o dom de ignorar tudo isso, que antes, me deixava preocupada toda vez que esses fiapos de pensamento tolos me rondavam.
vou pisando em cima de todos, como se fossem apenas tocos de cigarros, queimados, desgastados e descartados totalmente agora, por mim. não que eu me sinta melhor ou menos sensível e vulnerável do que todos os outros, mas muito pelo contrário, ando usando essa frieza como desculpa para disfarçar o quanto eu estou propicia a infestação de mágoas e decepções. as lembranças eu trato como cinzas, que permanecem por um tempo guardadas, e quando a minha capacidade de acumular tudo se esgota, eu as descarto, e finjo que nunca nada aconteceu. dessa forma, por algum momento, me sinto livre dos meus desejos enlouqüentes, e gritantes, dos meus vícios, das lembranças...
eu sei, que estarei contradizendo tudo o que eu citei a pouco, daqui a não muito tempo, mas mesmo assim, prefiro registrar tudo, registrar minhas faces, todas perturbadas e um tanto quanto "diferentes" das outras já conhecidas.
me considero uma mutação. constante e chata, por vezes, mutação.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

não estou louca nem bêbada, estou é lúcida pra caralho e sei claramente que não tenho nenhuma saída.

Caio F. Abreu.

worry.

volto a relatar sobre a minha sina. toda vez, que eu penso que encontrei alguém no mínimo "ideal", ou que as coisas vão se ajeitar, e tudo vai dar certo, vem a vida me pregar novamente outra peça. não sei se há razão nisso tudo, mas eu gostaria de entender por que nada dá certo pra mim, e por que é tão difícil assim ser feliz. não sei por que não consigo acertar, mostrar para as pessoas o quanto eu realmente gosto delas, e fazer com que entendam isso. como eu queria que você me entendesse, como eu queria te entender, e ter a certeza que você é A PESSOA, que pode me fazer feliz, e que estaria do meu lado, parado, lindo, só para mim. queria que me fizesse esquecer das minhas feridas, e que estivesse disposto a fazer tudo de novo, como eu sou, estou. eu faria tudo de novo, talvez até com uma dose mais forte de veneno, de uma maneira com mais prazer, e sem preocupação nenhuma.
às vezes penso que tudo está de ponta cabeça, que o mundo gira nos avessos. me revolta com a minha vida, com meu destino, e com essa sina. é notória a sensação de que tudo muda com o tempo(bem, quase tudo). não existe mais um lado certo e um errado, aliás, nunca existiram. continuo me questionando sobre tudo isso. paro, vejo o tempo correr, as folhas caírem, e a hipocrisia da vida acontecer, como se todo o resto, todas as coisas se interligassem e se resumissem a isso...

domingo, 18 de outubro de 2009

arquivo vivo.

o doce sabor do veneno, eu provei. provei da mais doce maneira, e talvez da mais dolorida. ainda o sinto em mim, uma pequena gota ainda escorre em sua boca. será da vez em que tu me ferira? ou de sua mais recente vítima?
estou sem voz. sem voz pra te dizer o que preciso, sem voz pra gritar, pedindo ajuda. seu rosto, doce e encantador, me impossibilita até mesmo de raciocinar. me sinto tão frágil diante disso, como um cristal, mesmo sabendo que preciso ser forte, e resistir a isso tudo.
transito entre dois mundos. tuas palavras me abalam, de tal maneira que nem consigo mais decifrá-las. talvez por sua insegurança, falta de clareza, ou pelo meu cruel caso de "Alice no país das maravilhas", onde não existem príncipes encantados, bruxas malvadas, ou feitiços, só existe uma sombra de fantasia, ilusão, em toda parte, toda a hora.
sua indecisão ou falta de caráter hoje me dá náusea, e após esse mal estar, me vem uma dor, profunda, silenciosa, mas agonizante dor.
todo tempo, em qualquer lugar me sinto desconfortável. meu passaporte não é mais válido, os espelhos todos estão se quebrando, um a um, e os laços formados, outra hora, com tanta dificuldade, estão se rompendo. não me resta mais nada, além das cinzas de lembranças passadas, e as lembranças de ontem, arquivadas, protegidas por uma corrente. corrente essa, que agora, me vejo impedida de quebrar. é bem melhor te deixar em paz, guardar a dor desse "acorrentamento" pra mim, e pra mais ninguém. sinto muito por você, por nós, e pelos outros, mas se é assim, então vamos deixar ser. se a decisão for favorável a mim, que bom, saiba que onde estiver, eu vou a seu encontro, faço tudo por você, deixo tudo por você. mas se o contrário for a sua escolha, só não volte atrás, por favor, trilhe seu caminho, e não olhe mais para mim, me deixe só como mais um porta retrato, parada do tempo, na sua empoeirada estante.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

difícil de entender.

sabe quando te acontece algo que você nunca espera? algo que você sempre quis, que te deixe mais feliz? um momento raro, difícil de entender, que fica na memória, pra nunca se esquecer. então você veio, e me fez tão feliz. ♪

catch side, temporário.

sábado, 10 de outubro de 2009

fragilidade;

me sinto como se fosse um cristal. um leve e delicado cristal, que a qualquer momento, com uma só olhada ambiciosa, corre o risco de se partir. e tem sido bem assim, desse jeito, qualquer coisa que aconteça, é suficiente para acabar com meu dia, com minha semana, com meu ânimo. algo que antes não me abalava, não me fazia a menor falta, a ausência parece me deixar em pedaços, estilhaçada...
junto a toda essa fragilidade, vem o medo. o medo de algo incerto, medo de algo que nem sei do que se trata. fico sem esperanças, um manto de flores brancas e algumas lágrimas me cobrem, e nesse momento, eu quebro, mais uma vez, com todo o meu medo, com toda a minha falta de esperança, incertezas, dor, lembranças, melodias..
não consigo pensar que tudo isso é banal, não consigo deixar pra lá, ou sofrer menos por todas essas coisas mínimas. isso já faz parte de mim, às vezes não sei o quanto isso me domina, mas sei, que essa maldita parte, infelizmente, vem de mim, e parece não desaparecer mais. e então entram em cena minha fragilidade, e as incertezas novamente.

my last silly word.

eu deveria ter ficado em casa naquele dia. não deveria jamais ter pensado em esquecer os problemas, e cair na farra. quando tudo o que eu queria era deixar toda a mediocridade da rotina de lado, eu troco meu meio quilo de verdades claramente expostas, por meio quilo de mentiras distintas. até quando você vai continuar nesse jogo de mudar de lado, mudar de visão, mudar de desejos? eu não sei, mas pra mim já basta. está mais do que na hora de te deixar partir, está mais do que na hora de abrir os olhos, e tentar sorrir, de verdade. eu me enganei quando acreditei em você, quando acreditei que seria diferente, que não haveriam mais feridas, mas, como todos podem ver, não foi. eu posso ter sido só mais uma, mas pra mim, você não foi mais um, como eu esperava que fosse. naquela linda noite, término de Agosto, eu acreditei que seria tu seria mais um, que não passaria daquilo, que me esqueceria, ou que me deixaria de lado logo de primeiro momento. mas não foi. por mais que eu diga que nada foi diferente, eu ao mesmo tempo me contradito, e digo que foi, que não foi como nos outros casos, nos outros amores. você me procurou, a gente continuou, e algo foi desabrochando em nossos peitos, acho que na verdade, só em meu peito mesmo, por que, pelo o que eu pude notar ultimamente, pra você, foi só mais uma brincadeira. enfim, infelizmente, tudo acabou. de primeiro momento, não senti tremenda sinceridade no que você disse, ainda mais que todo mundo colocava no meio de nossa história, contradições, ilusões, falsas verdades, falsas mentiras, mas, ainda não sei distinguir o que é, ou não é boato. ainda tinha, a poucas horas atrás, uma pequena chama de esperança, alimentada por suas atitudes do presente, e por algumas de suas palavras do passado, mas, ela se apagou, e, só você pode acende-la.
estou indo contra mim mesma, mesmo sabendo de todos os riscos de te deixar realmente partir. mesmo sabendo que desistir, mesmo quando essa seja a única solução, é covardia e falta de garra de minha parte, eu desisto, eu te deixo, eu desisto da ideia de que só teus olhos brilhando novamente pra mim, seriam o passaporte para o meu estado de ênfase profundo.
acho que isso é só mais um post bobo, sobre você, sobre como eu perdi você. mas, eu juro, vou te deixar ir, vou seguir meu caminho, e esse será minha última palavra sobre tudo isso.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

leave alone.

é, eu realmente estou sozinha de novo. daqui a pouco ele chega, sim, o vazio, me invadir novamente. quem sabe se de fato teria dado certo mesmo? então, isso pra mim agora não passa de mais um dia sozinha. quem sabe mais pra frente a gente possa se encontrar, mas agora, é só outro dia sozinha. não é amor, nem ódio, ainda preciso descobrir, está difícil, uma vez que já estive com feiticeiros, e outra com um princípe.
ontem parece uma vida passada. eu te segurei tão perto do meu coração, e agora você fica mais longe a cada lágrima que caí, a cada dia que passa, a cada palavra dita... e há alguma coisa, que eu possa falar ou fazer? sou capaz de resistir a qualquer coisa, menos à tentação que é você. maldita dependência a minha...
e hoje não passa de mais um dia, eu, sozinha.