e desde que eu me conheço por gente sou assim. orgulhosa, inconstante, chorona, e birrenta.
não sou mimada, não me acho melhor que ninguém, simplesmente não aprendi a perder. não aceito mesmo, não me conformo mesmo. sou muito apegada às coisas, aos meus poucos e ofuscados objetivos. e quando eu quero, eu batalho, eu busco, eu corro atrás. mas quando falho, ah, quando falho me vem aquela súbita dose de lamentos. choro dias, noites, me culpo por tudo. nada me alivia, nada me deixa feliz enquanto eu não tenha alcançado meu sonho. não desisto fácil. na verdade, não desisto quase nunca. me canso, espero, mas volto à batalha, e luto, ultrapasso meus limites, sempre...
é algo além de força de vontade, é uma sede enorme, uma ganância boa que me deixa viva. quando chego na poeira pura, me vem uma brisa fria e me desperta, e apareço no mesmo cenário desgastado, com um sorriso mais reluzente que uma mina de diamantes ao Sol. me faço e refaço. choro e sorrio, tudo ao mesmo tempo, tudo com mesmo gosto.
sou um misto pleno de agonia e orgulho, de esperança e pessimismo, de alegrias, mínimas desistências, lembranças, olhos, boca e poucas glórias atingidas.
não me importo com as poucas glórias, com os osbstáculos, com os espinhos, feridas e estacas, a minha sede é grande, é mais forte, é maior que tudo isso junto...
eu estou aqui me lamentando hoje, para amanhã voltar a sorrir.
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