...e hoje eu acordei totalmente sem forças. sem forças pra nada e com pouquissimas lembranças da noite passada. hoje eu acordei, e chorei de mansinho, e não vi nada de errado ou de humilhante nisso. choro mesmo, não foi eu quem quis assim. choro mesmo, porque eu acho extremamente sem restinho de glória nenhuma ser assim. depois, eu lavei meu rosto, arrumei meu cabelo e decidi por não chorar mais. pelo menos não mais por hoje. não resisti. segurei meus olhos, numa tentativa quase impossível parar de 'vazar'. como eu disse: quase impossível. não consegui nem se quer levanta-los e olhar novamente pra derrota que me tornei. é, me contradito. me tornei uma grande e desprezível derrota. talvez por não ter dito e feito o que devia, e ter me feito tão covarde. continuo pensando em tudo que deu errado em mim, em tudo que tem de errado em você. errado esse que Deus do céu me deixa louca por vezes. deixa mesmo. grande parte da minha loucura é proveniente desse seu errado. seu errado que me mata e me deixa boba, sem saber o que falar ou pensar.
queria me ver tão mais longe de você. tão mais sem sentir qualquer náusea ou seja lá o que for quando vejo seus olhos. tão irônico dizer isso. mas digo. a essa hora da manhã de hoje eu digo mesmo. no fim das contas saí tomar uma xícarade café. desceu tão pesado e instantaneamente me veio aquela repulsa. meus olhos ainda não estavam nem um pouco secos, aliás, ainda não estão, e nem vão ficar. me acomodei com essa rotina. você vem em uma festa pra chorar? não seu imbecíl, eu vou a uma festa pra te ver, ter a plena certeza de que não me pertence e de que isso a cada dia vem se tornando mais impossivel, pra ver você ignorando o fato de que tudo isso acontece, e pra então, por fim, chorar. e saí pela casa até me acomodar aqui, cambaleando, pra relatar tudo isso, sem lembrar o que eu precisava fazer. não sabia o que era, mas eu tinha uma necessidade gritante de fazer.
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